Pacotão de segurança: phreaking, RECYCLER e filmes sobre hacking

Mais um pacotão de segurança, hoje com um tema bem interessante: existem filmes ou documentários sobre hackers? A coluna fala de algumas produções cinematográficas sobre o tema. Outras respostas explicam qual o estado atual do phreaking – o hacking na telefonia – e o significado da pasta RECYCLER em um pen drive.

Documentário entrevista grandes nomes da história do hacking

Filmes e documentários sobre hackers

Você conhece mais algum filme que retrata a história dos hackers ou do mundo da informática? Só não vale Piratas do Vale de Silício.
Daniel de Souza Meneses

Sobre informática e tecnologia não faltam documentários. Mas também há alguns sobre hacking disponíveis. Recentemente, o documentário “Hackers Wanted” vazou na internet. Ele não foi lançado oficialmente: a cópia vazada na internet é a única disponível. São 90 minutos sobre a cena hacker em 2003, contando também a história de Adrian Lemo, um hacker que invadiu diversos portais de internet, como o Yahoo, Excite e até o New York Times.

O Discovery Channel fez um documentário de 50 minutos chamado “History of Hacking” que entrevistou pessoas como Steve Wozniak (phreaker e fundador da Apple) e John Draper, o “Capitão Crunch”, além do famoso Kevin Mitnick. O documentário traça a história do hacking desde 1960.


“Hackers are People Too” (“Hackers também são gente”) foi exibido pela primeira vez na Defcon 16, em 2008. Ele tenta explorar o “outro lado” da comunidade hacker, entrevistando pesquisadores de segurança que hoje enfrentam dificuldades e preconceito por causa da associação com o termo às conferências “hacker” como, aliás, é o caso da própria Defcon.

“Outlaws and Angels” explora o uso do conhecimento tanto para o bem quanto para o mal na tecnologia e, por consequência, o duplo sentido do termo “hacker”. “Cyber Wars” foi realizado pela PBS para comentar as hipóteses de “ciberguerra” e espionagem digital que começou a surgir nessa década.

“Web Warriors”, da CBC, segue mais ou menos a mesma linha do documentário da PBS. Ambos exploram o poder de pragas como o Blaster e Code Red, que infectaram milhares de computadores de forma automatizada. O impacto desse tipo de ataque, que danifica a rede, é explorado.

A maioria é documentário de TV. Alguns exageram as ameaças das quais falam em vários pontos – o que não nem um pouco incomum nesse ramo. Mesmo assim, vale o alerta sobre não ficar “apavorado” com afirmações feitas nessas produções. Hackers não têm poderes mágicos; o fato mais importante de todos, que não se pode esquecer, é que a internet, ou pelo menos cada parte dela, é sim uma estrutura frágil e que, exatamente por isso, é tão fácil causar problemas nela.

Em Serial Experiments Lain, a protagonista torna-se
uma aficionada por tecnologia e pelo mundo virtual.

Quanto ao filme “Hackers” de 1995 com a Angeline Jolie... Até pode ser assistido, se você gosta da Angelina Jolie, mas sem nenhuma expectativa de realidade acerca do tema sugerido pelo título.

Em outra mídia, as animações japonesas Serial Experiments Lain e Ghost in the Shell – deste último, os filmes – são ícones da cultura cyberpunk que permeia a mente de muitos hackers. São mais filosóficos e discutem a relação realidade/virtualidade, mas não é um tema que foi abordado da mesma forma em produções ocidentais e, por isso, a coluna os menciona aqui.

Ligações gratuitas em orelhões


Eu me lembro de que nos idos de 1989-1992 algumas pessoas faziam algum tipo de 'tranbique' nos orelhões e assim falavam de graça. Também era comum ouvir dizer que certos orelhões da cidade estavam com defeito e fazendo ligação gratuita até mesmo para o exterior... Isso acabou?



Napoleon Dynamite


Isso era phreaking. Se acabou ou não, depende dos esforços das companhias de telefonia em proteger seus sistemas. Muita coisa mudou desde 1992 no mundo todo, e ainda mais no Brasil. Desde então, os sistemas daqui foram privatizados e tecnologias digitais substituíram as analógicas. Se ligações ainda são feitas de graça com “truques”, pelo menos os truques devem ter mudado – até porque as moedas foram substituídas por cartões.

As mudanças nos sistemas de telefonia foram muitas profundas e nada mais que foi desenvolvido nas décadas de 60 e 70 – auge do phreaking – ainda funciona. Mas tem pessoas ainda tentando telefonar de graça e provavelmente conseguem, com algum sucesso, porque todos os sistemas têm falhas. Problemas em sistemas de PABX (que gerenciam a telefonia de empresas) podem permitir que, pelo menos, um invasor realize chamadas a partir do sistema da empresa e, assim, não pague.

Vale mencionar os problemas com clonagem de cartões de celulares. Isso também é phreaking.

As tecnologias de voz sobre IP (VoIP) renovaram o interesse no hacking de telefonia, mas é uma tecnologia que chega em um cenário totalmente digital. Mas, ao contrário da telefonia tradicional, há muitos serviços de VoIP disponíveis. Problemas em um ou outro podem permitir a realização de chamadas gratuitas ou pelo menos mais baratas.

RECYCLER


O que significa o nome “RECYCLER”? No meu pen drive tem uma pasta com esse nome. Será que é vírus? É que meu pen drive foi contaminado com o vírus Conficker. Daí quando coloquei o pen drive no PC, o antivírus da Microsoft bloqueou.




RECYCLER é a lixeira do Windows. Por padrão, o Windows não cria e, por isso, não usa o recurso de lixeira em mídias removíveis como pen drives. Por esse motivo, se você tem uma pasta RECYCLER no seu pen drive, é sinal de problemas. Sim, há vírus que criam essa pasta, muitas vezes para se esconder porque o Windows esconde essa pasta.

O melhor a fazer é formatar o pen drive. Copie os arquivos que você precisa do pen drive para seu PC, formate e copie seus arquivos de volta para o pen drive. Se a pasta RECYCLER voltar a aparecer antes que você conecte o pen drive em qualquer outro computador, é provável que seu próprio sistema esteja infectado. Nesse caso, o problema é outro.


Fonte: g1.globo.com
Escrito por Altieres Rohr
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About Tiago Sousa

Desenvolvedor/professor com foco em Java. Bacharel em Sistemas de Informação pela Universidade de Franca (Unifran) e Pós Graduado em DW Java pela Universidade de Araraquara (Uniara). Está no mercado de TI há 12 anos, possui conhecimentos gerais em diversas tecnologias.