Dizem que a amizade verdadeira não é interesseira. Bobagem.
Toda amizade desinteressada está fadada ao fracasso. Quem se diz amigo de alguém, mas não vê nele nada que lhe interesse, está se enganando, pois nisso não há amizade. Para que duas pessoas sejam amigas é necessário reciprocidade, ou seja, o dar e o receber. Toda amizade unilateral é um relacionamento natimorto.
No romance “Os Três Mosqueteiros” há um belo exemplo da reciprocidade que deve haver entre verdadeiros amigos no grito de guerra “um por todos e todos por um”.
O exemplo clássico do que estou dizendo é o relacionamento bíblico entre Deus e a humanidade.
Diz-se que Jesus Cristo morreu por todos nós. Isso foi um ato de amor abnegado, que é a disposição em se sacrificar pelo outro desinteressadamente. Contudo, a vida eterna ao lado de Deus é algo destinado apenas aos seus amigos. Jesus disse o seguinte aos discípulos: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.” – João 15:14. Portanto, Deus estende sua amizade a todo aquele que a quiser, mas pede algo em troca.
A beleza da amizade é que você é quem escolhe seus amigos. Não há laços de sangue ou contingência alguma que lhe obrigue a ser amigo de quem não lhe agrada.